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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Liberdade, liberdade…Quem na tem chama-lhe sua!

Texto escrito após tomada de posse na Assembleia de Freguesia de Nossa senhora do Pópulo, cabe a cada um interpretar o porquê deste meu desabafo!...

Liberdade, liberdade…Quem na tem chama-lhe sua!

Que feliz me sinto por ser livre!...
Como é bom não ter que me sujeitar às opiniões dos outros… não ter que pensar no que dirá a D. Fulana Assim-assim… não ligar se vão criticar o meu penteado (despenteado), a minha saia (se é curta ou comprida) …, a minha postura…, os meus sapatos (porque são altos, ou porque são baixos…). Que me importa!...
Que me importa que me julguem, que me achem louca, ambiciosa, exibicionista. Que digam que sou isto ou que sou aquilo! Que me importa!...
Como é bom poder não ser politicamente correcta, mas manter a dignidade e a honra, sem necessidade de me vender a ninguém, sem ter que dizer que sim, quando se quer dizer não. Não ter que dizer que se adora, quando se detesta!... Não ter que sorrir quando lhes apetece fugir!...
Como é bom podermos defender aquilo em que verdadeiramente acreditamos.
Como é bom defendermos os nossos ideais e os nossos sonhos.
Como é bom podermos teimar em ter esperança e recusarmos o fatalismo conformista e lamecha!...
Como é bom acreditar e ousar propor alternativas e novas maneiras de enfrentar a vida!
“Liberdade, liberdade, quem na tem chama-lhe sua”… dizia a antiga cantiga e é bem certo. Só pode ser verdadeiramente livre, quem consegue libertar-se das influências estereotipadas da sociedade. Só é verdadeiramente livre o que consegue aguentar a pressão e ser coerente consigo mesmo. O que consegue ser justo com quem o rodeia e sobretudo o que não necessita de se “vender” por uma influência, por um emprego, ou até por um ‘tachinho’ mais ou menos insignificante!...
Passaram 35 anos da chamada “liberdade”… Porque é que se encontram tantas preocupações com o que os outros dizem ou pensam? Porque é que ainda há gente com medo de falar ou até de contactar com este ou com aquele? Porque é que há gente que pensa poder mandar nos sentimentos dos outros? Quem é que condiciona a liberdade de cada um? …
Só é verdadeiramente livre quem se sente livre!... Porque “não há machado que corte a raiz ao pensamento, porque é livre como o vento, porque é livre!”...

Maria Teresa Serrenho

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